sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

2010: Yin-yang

Yin

Destaco a iniciativa Limpar Portugal, promovida por um conjunto de cidadãos sem ligação a partidos ou outra qualquer organização e as campanhas do Banco Alimentar Contra a Fome, os portugueses são sem dúvida um povo de vontades, quando a causa é nobre.

A nível local destaco as iniciativas do vereador Paulo Matos, que veio acordar consciências, goste-se ou não, alguma coisa mudou em Gavião, claro o executivo municipal deve recordar com saudade o anterior mandato e as sempre o entendimento com o senhor “nim”, que estranhamente esteve sempre de acordo com o executivo. Reconheço como muito meritório o esforço da autarquia em promover e apoiar a pequenada do concelho e agora dos confinantes, sem jovens não há futuro. Uma nota especial para a Santa Casa da Misericórdia, que tem feito muito no apoio aos idosos num concelho onde a percentagem da população envelhecida é grande, agravado com o facto de vivermos numa sociedade que tende a desprezar os mais velhos…..


Yang
Em Portugal, o ano de 2010 ficou marcado pelo assumir da crise financeira. Aquilo que já todos sabiam foi, finalmente, reconhecido pelo governo: estamos no fundo do poço, o país está falido e nenhuma entidade credível acredita em nós. Depois de anos de capitalismo desenfreado, chegou-se a uma situação de total descalabro muito por falhas grosseiras dos reguladores e dum estado que em vez de exemplo de bem fazer, fez exactamente o contrário. A crise, por si só, até nem seria tão má se fosse aproveitada para espevitar a nossa sociedade. O problema que o receituário que os nossos governantes nos apresentaram, na forma de dois ou três PECs, insiste na velha fórmula: há que poupar os prevaricadores (por norma amigos das estruturas dos partidos), aqueles que durante anos andaram a roubar, e ir buscar o dinheirinho aos “do costume”, leia-se ao povo. Lá está: quando o mar bate na rocha, quem se .... é o mexilhão!

Na nossa realidade local, ficámos a saber que a receita é mesma de sempre, o pulo ás cegas para a frente, os mesmos projecto são apresentados com novas roupagens, insultos à oposição, e tentativas de branqueamento logradas. Mas o que realmente é mais surpreendente é o silêncio total sobre assuntos que vão chocar com todos os cidadãos e estou a referir-me á introdução de portagens na A23, este silêncio chega a ser cortante…, lá está que paga será o mexilhão.

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