O Titulo do livro do nosso último Nobel (estaram por ventura recordados que o primeiro Nobel foi o Egas Moniz) foi posto em prática no Gavião , no original a cegueira começava num único homem, durante a sua rotina habitual. Quando está sentado no semáforo, este homem tem um ataque de cegueira, e é aí, com as pessoas que correm em seu socorro que uma cadeia sucessiva de cegueira se forma… A versão agora ensaiada pelo nosso edil é mais “Soft”, começa logicamente pelo edil e como por mímica é assimilada pelos que o seguem, se não veja-se: à vista de todos, no Largo do Município, está a decorrer uma obra que “obrigou” à demolição do edifício inclusive de parte da fachada, que como todos infelizmente sabemos é intocável em Gavião, há que preservar o “Centro Histórico”, mas não, mesmo de frente com os Paços do Concelho lá está a obra que vai avançando a seu ritmo, lenta mas vincadamente, perante o olhar cego de quem para outros têm sempre um olhar aguçado (chegando mesmo ao ridículo de obrigar a dupla fachada para preservar a “traça” do edifício). Esta forma “Soft” de cegueira é a mesma que têm permitido que a fadada Biblioteca Municipal esteja ainda fechada, com o edifício a degradar-se, como que envolta numa bruma mágica que só é posta a descoberto aquando de eleições na forma de mais uma promessa da abertura. È também esta cegueira que têm permitido que se invista no Museu do Sabonete, perdão Sabão… e se permita que uma estrutura central como a piscina municipal, esteja á tanto tempo e a vista de todos em perfeita ruína, com vidros partidos, pinturas por fazer, verdete e fungos em quase todas a paredes interiores, ferrugem, enfim, uma verdadeira lástima, ou melhor um cartão de visita do nosso edil.
Obrigado Jorge, com a escassez de oferta cultural do concelho é sempre estimulante ver-te “trabalhar” …….
Caro anónimo,
ResponderEliminarAlgumas destas questões aqui produzidas por vossa excelência, tem correspondência na minha intervenção de hoje.
Os melhores cumprimentos
Paulo Matos