O Vice-Rei da Madeira, perdão o Dr. Alberto João Jardim apresentava-se como um “tipo porreiro”, que dava para além das passeatas no corso carnavalesco da Ilha, emprego e nível de vida europeu aos madeirenses, dinheiro aos clubes de futebol (onde é que já vimos isto) e ainda porrada nos “cubanos do contenente” que tentavam roubar a Madeira por inveja do desenvolvimento alcançado e da “poncha” genuinamente madeirense. Só não dizia que o dinheiro não era da região, que gastava muito mais do que o valor das receitas do Governo Regional e que as dívidas públicas também têm de ser pagas, nem sempre pelos outros, que já não estamos na era dos Vice-Reis, agora a moeda é “des”controlada por Bruxelas.
A culpa, não foi só do Dr. Alberto, os órgãos competentes para fiscalizar as contas do Governo Regional da Madeira, não o faziam, porque os seus membros não se queriam incomodar ou porque também estavam comprometimentos.
A fiscalização do IGAI também não funciona. Ninguém se quer aborrecer ou expor a receber pedradas nos seus telhados de vidro.
A nível local, nas Câmaras Municipais, o estilo da conduta política dos seus presidentes mais bem sucedidos é idêntico: obras desnecessárias, endividamento galopante, empregos para comprar favores e influências, promiscuidade, má educação, arrogância, reivindicação de mais dinheiro junto do governo central, etc. O povo gosta e aplaude (até sofrer as consequências, para alguns vem na forma de despromoção e desconto no vencimento, mais para todos como aumento de impostos)…
Reflectindo sobre a evolução da crise, devemos perguntar; Averiguámos nos locais certos como vão as contas das autarquias e das suas empresas municipais ou intra-municipais, incluindo aquelas onde o capital social não é todo público?
Que fazemos ou fizemos nós para evitar ou travar certas condutas esbanjadoras e de favorecimento e para exigir responsabilidades?
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