Este é um artigo de opinião publicado ontem no JN, transcreve-se, para "acordar" consciências, relembramos que em 2011 este governo quer cobrar portagens na A23, alguém conhece a opinião do dignissimo presidente da câmara de Gavião?! Conhecemos a posição da Câmara?? Este assunto foi ou está na agenda politica municipal?? Haverá a chance ainda que remota do sr. presidente Federação Distrital do PS de Portalegre, aquando de alguma entrevista de ocasião nos dar a conhecer a sua posição.
Aguardamos, pois cremos que um comunicado sobre este assunto seria bem mais importante que as "birras", sobre o andamento de obras e opiniões pessoais sobre a oposição, "Jorge", venha lá essa "maior proximidade e um espirito mais reinvidicativo...", mas para assuntos que interessem mesmo ao povo.
Eles comem tudo - JN, por Paulo Morais
"A cobrança de portagens nas SCUT, ao ser implementada apenas no Norte do país, é claramente inconstitucional. Tratando de forma diferente os cidadãos, discriminando-os por razões de ordem regional, o Governo viola assim o artigo 13.º da Constituição e faz desta letra morta. Mas esta nova taxa é sobretudo imoral. Ao longo dos anos, sucessivos governos garantiram-nos que as SCUT seriam pagas inicialmente por fundos europeus, mais tarde através de uma componente do imposto sobre produtos petrolíferos e, bem mais recentemente, em 2005 e já com Sócrates, com as receitas provenientes do aumento do IVA. De mentira em mentira, até hoje. Continuam a esconder-nos que o contrato celebrado é ruinoso, pois garante às concessionárias rentabilidades da ordem de 14% e permite ainda, nos próximos anos, um crescimento das tarifas muito para além da inflação.
Este calamitoso negócio para o Estado só tem paralelo com o modelo de financiamento da dívida pública, com recurso a juros usurários da ordem dos seis por cento. O Governo poderia colocar dívida no mercado interno, através de títulos do Tesouro, desde que estes fossem remunerados de forma atractiva. Mas não, opta por recorrer a empréstimos junto dos bancos, pagando-lhes juros de seis por cento, quando aqueles se financiam junto do Banco Central Europeu a um por cento. A consequência imediata é a de que, por causa dos juros, o défice se agrava exponencialmente. E, além disso, escasseia o financiamento para as empresas. Seca-se assim o investimento privado, provocando uma recessão na economia.
Os donos do regime, bancos e construtoras, exultam. Para garantir ao sector financeiro o negócio chorudo e sem risco que é o de financiar o Estado, aumenta-se o IVA e reduzem-se os salários a centenas de milhares de portugueses. Para satisfazer a gula das construtoras, aplicam-se novas portagens. Para alimentar estes peixes grandes, como diria o Padre António Vieira, "são precisos muitos peixes pequenos"...."
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